Ildemar Gonçalves segue sendo a grande expectativa para as próximas eleições municipais, em Açailândia

A primeira parte do título deste post é incontestável, o simples fato de se aventar a possibilidade de o ex prefeito de Açailândia (por três mandatos), Ildemar Gonçalves ser candidato nas eleições municipais de 2024, concorrendo para o comando da cidade, gera longos debates em rodas de conversas políticas e deixa em compasso de espera nomes que são, neste momento, pré candidatos a Prefeito. Pois tendem a chegar a um denominador comum de que a disputa sem Ildemar Gonçalves no páreo é uma, mas com a entrada dele na eleição não são poucos os que dizem que até recuam em seus eventuais projetos de candidatura.

Boa parte desta apreensão é causada pelo traquejo político de Ildemar Gonçalves, não existem duvidas de sua capacidade de articulação política. Consegue dialogar com várias alas e ideologias políticas e também entrou pra história do município como o único prefeito, até então, que conseguiu terminar seus mandatos sem ser destronado antes do fim do prazo. A segunda parte do título deste post é também inegável, Ildemar Gonçalves causa frizzon em grande parte do eleitorado municipal. Frizzon é um termo pra definir algo que provoca emoção, empolgação e torna instigante fazer parte daquilo. No caso de Ildemar Gonçalves, seu nome está atrelado de forma umbilical a fundação de um dos bairros mais populoso do Maranhão, que é a Vila Ildemar.

Para além disto, quando se olha para os idos tempos – e se chega a um período em que a cultura no município era pujante e contínua – se remonta ao Açai Folia raiz, em que todos os hoteis da cidade ficavam lotados, com a economia local altamente aquecida etc. Foi sob a gestão de Ildemar Gonçalves que a revista de circulação nacional, a Veja, apontou que Açailândia, naquele contexto de época, estava despontando para ser uma futura metrópole.

Tem quem aposta que Ildemar Gonçalves não iria abdicar do seu descanso, se afastar eventualmente de seus negócios no ramo do Agro, para se dedicar a uma disputa eleitoral em 2024, mas é preciso lembrar que vários anos após deixar cargo na política, ele topou o desafio de ser candidato a suplente na chapa do então Senador Roberto Rocha. Como se sabe, suplente de Senador é escolha pessoal do titular do cargo, ou seja, na campanha o suplente não necessariamente precisa ir pra rua pedir votos etc. O candidato a suplente fica ainda mais desobrigado de ir pra rua quando pode investir financeiramente no cabeça da chapa. Ainda assim, Ildemar foi pra rua, relembrou (nas palavras dele) o calor humano dos seus eleitores. São pessoas que andaram longo percurso apenas para vê-lo na frente emissora, após ouvi-lo no rádio. Definitivamente, são contados nos dedos os políticos na atualidade que conseguem causar esse impacto emocional.

Sobre sua saída da cena política municipal com cargo, ele concluiu seu terceiro mandato e tentou fazer sucessor. Tem quem coloca o fato de não ter conseguido, a época, eleger seu então candidato como um fracasso de Ildemar e o que seria uma suposta prova de que a população o reprovava. Mas, mesmo que se seja um fenômeno na política, qualquer político, independente de ser um vereador ou líder mundial, tem dificuldade para transferir votos. Assim como um fã se identifica com um cantor e não pela banda, o eleitor se identificar com A, não necessariamente vai faze-lo votar em B porque A indicou.

Além disto, acrescenta-se o fato de que a época Ildemar Gonçalves “disputou duas eleições ao mesmo tempo”. Explico o termo e as aspas. Naquele contexto, a sua relação com o Governo do Estado, com Roseana Sarney, era estremecida. Devido a isto, não fosse Açailândia ter tido, na época, sua economia fortalecida, via siderúrgicas etc e os recursos próprios, teria quebrado – devido a falta de convênios, obras via Estado etc. Logo, seu candidato a sucessor enfrentou uma eleição em que a força do Estado estava do outro lado, sendo capaz de unir várias alas – chamado grupão – para enfrenta-lo.

O tempo passou, governadores do Estado foram mudando e, hoje, está no cargo Carlos Brandão, que nutri uma longa relação de amizade com Ildemar, dos tempos de filiados no PSDB etc, e em tese, não estaria disposto a entrar em uma eleição em que houvesse Ildemar Gonçalves e tornar o pleito em um cabo de guerra visando derrotar Ildemar. Mesmo que se tente convencer Brandão de que Ildemar Gonçalves não esteve no palanque dele em 2022, quando concorreu ao comando do Estado, para que se crie arestas, Brandão é da ala dos social democratas, que tem o pensamento de que não se faz política com o fígado, guardando eventuais ressentimentos na geladeira.

Quanto aos tempos serem outros, diferentes dos anos em que Ildemar Gonçalves disputou, com desafios maiores para uma campanha eleitoral rumo ao Executivo Municipal, quem vai a busca dos montes não deve se deter a recolher as pedras do caminho. Como um homem do agro, Ildemar Gonçalves sabe lidar com pedras, obstáculos etc. Sabe que a tempo certo para plantar e pra colher…talvez por isso não disse ainda que é candidato a Prefeitura.

FONTE: MAICON SOUSA

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