Bolsonaro sugere reformas em FMI e ONU durante reunião dos Brics

O presidente Jair Bolsonaro participou nesta quinta-feira, 23, de reunião da cúpula dos Brics, grupo de economias consideradas emergentes, que também conta com Rússia, Índia, China e África do Sul. Em seu discurso, o brasileiro falou de esforços para reformas em entidades internacionais, citando o Fundo Monetário Internacional (FMI), o Banco Mundial e o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU).

Em encontro realizado de forma virtual, Bolsonaro saudou os outros líderes presentes: o presidente chinês Xi Jinping, o presidente sul-africano Cyril Ramaphosa, o premiê indiano Narendra Modi e o presidente russo Vladimir Putin. Depois, exaltou o Brics como “modelo de cooperação baseada em ganhos para todas as partes envolvidas”.

“Devemos somar esforços em busca da reforma das organizações internacionais, como o Banco Mundial, o FMI e o sistema das Nações Unidas, em especial o seu Conselho de Segurança. O peso crescente das economias emergentes e em desenvolvimento deve ter a devida e merecida representação”, afirmou o presidente brasileiro em seu discurso. “O Brics, além de representar um fator de estabilidade e prosperidade no cenário internacional, deve contribuir para a geração de emprego e renda e para o bem estar de nossas populações”, acrescentou Bolsonaro.

Na abertura do Fórum de Negócios do Brics, na quarta-feira 22, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, pediu ajuda do grupo para superar as sanções ocidentais contra a economia russa, decretadas em razão da invasão à Ucrânia. Em discurso gravado, o líder russo defendeu maior aproximação dos países do bloco. “Nossos empresários estão sendo obrigados a desenvolver suas atividades em condições difíceis, já que os aliados ocidentais omitem os princípios de base da economia de mercado, do livre-comércio”, disse o russo. Segundo Putin, a Rússia pretende redirecionar seus fluxos comerciais e contatos econômicos para parceiros internacionais confiáveis, especialmente os países do Brics.

O presidente da China, Xi Jinping, apoiou o argumento de Putin e criticou as sanções internacionais aos russos. “Politizar e instrumentalizar a economia mundial, usando uma posição dominante no sistema financeiro global para impor sanções de forma desenfreada, apenas prejudica os outros, espalhando sofrimento às pessoas pelo mundo”, disse Xi Jinping. Neste ano, o tema do encontro do bloco é “Promover a parceria Brics de alta qualidade e inaugurar uma nova era para o desenvolvimento global”.

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