Competir em Paris, adiar ou não a maternidade…

Os Jogos de Tóquio, que estariam acontecendo agora até o próximo domingo, seriam um marco na carreira de todos que ali competissem. Mas para um grupo em especial, a competição em 2020 representaria uma guinada após uma vida inteira como atleta de elite. Com o adiamento das Olimpíadas, que agora estão marcadas apara começar dia 23 de julho de 2021, planos de aposentadoria e de formar uma família foram postos em xeque. Agora, os veteranos se questionam: vale a pena repensar o futuro?

Alguns dos maiores nomes do esporte brasileiro se dividem sobre que decisão tomar. Tem quem veja o ciclo ampliado como um incentivo para esticar logo a carreira até Paris 2024, como o ginasta Arthur Zanetti. E quem ainda não saiba se é melhor parar até antes de ir para Tóquio, ou acrescentar mais uma edição dos Jogos no currículo, como a bicampeã olímpica do vôlei, Fabiana.

Zanetti está à espera do primeiro filho. Com um ouro e uma prata olímpica na carreira, o brasileiro ainda segue com chances de pódio em Tóquio. Especialista nas argolas, um dos aparelhos mais cruéis da ginástica, ele planejava seguir por duas temporadas após o retorno do Japão. Agora já pensa diferente.

– O que eu estava pensando comigo: vou competir as Olimpíadas de 2020 e vou continuar treinando mais uns dois anos. Vai depender muito da situação do meu corpo, da cabeça. E agora mudou para 2021. Aí eu vou segurar mais dois anos treinando. Já vai ser 2023. No ano seguinte já é Olimpíada! Aí eu parei pensei: “ eu acho que dá pra segurar mais um ciclo sim.“ – disse, em entrevista ao repórter Felipe Brisolla.

– Talvez dependa muito do meu corpo, se eu estiver bem ainda, a cabeça com certeza vai estar boa, mas se meu corpo tiver acompanhando. Pode ser sim que eu vá trabalhar pra 2024. Não tem como eu me aposentar no ano pré-olímpico. Segura mais um ano aí.

Da ginástica para a natação, Nicholas Santos vislumbrava seguir nas grandes competições até o Mundial de Desportos Aquáticos de Fukuoka, agora remarcado para 2022. Hoje quarentão, ele sabe que cada ano pesa um pouco mais para manter o nível físico, mas prefere focar no lado positivo.

Ele ganhou mais tempo para fazer a transição dos treinos dos 50m borboleta, prova em que foi medalhista mundial no ano passado – terceira edição seguida no pódio – para os 50m livre, prova em que focaria na busca por índice para os Jogos. Com o privilégio de poder treinar numa piscina de 25m no prédio onde vive, Nicholas agora tem maior margem para afinar a técnica.

Fonte: Globo Esporte

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